Desenhos que não passam mais na TV, doces que sumiram das prateleiras do supermercado, roupas que saíram de moda. O fim da vida de produtos populares costuma ser um bom indicativo de que o tempo tem passado para o consumidor.
E nada melhor do que os avanços tecnológicos para nos darem a dica de que os fios de cabelo branco estão prestes a chegar. Por isso, preparamos um pequeno guia de produtos e tecnologias do passado. Caso se identifique com dois ou três itens desta lista, talvez você já não seja mais tão jovem assim.
Walkman e Discman
Eram pesados, funcionavam com pilhas AA e, imagine você, não era possível pular para determinada música de uma fita sem ter que passar por todas as anteriores. Pior: usar demais os botões de avançar e recuar fazia com que as pilhas acabassem mais rapidamente.
Mais tarde, fitas e LPs começaram a ser substituídos pelos CDs. Não demorou muito até que surgisse o Discman. A desvantagem? Além do aparelho, que não era muito portátil, o usuário também tinha que carregar uma série de CDs para ouvir. E, com o sacolejar do ônibus ou da caminhada, a música era frequentemente interrompida, já que o laser parava de ler o disco.
Se você usou um desses aparelhos por muito tempo, deve achar fantásticos os MP3 players de hoje, mesmo os modelos mais simples.
A sinfonia do modem
Como citamos anteriormente, houve uma época em que todo geek brasileiro ficava acordado até de madrugada, só para poder navegar pelos mares da internet. Nesse horário o pulso telefônico era mais barato, assim como nos finais de semana. Em contrapartida, parentes e amigos não conseguiam ligar para a casa do internauta nesses dias, já que a linha estava ocupada pelo modem.Curioso também era o barulho que o modem emitia ao efetuar a conexão. Tem gente que sente saudade dele até hoje. A maioria, entretanto, não gosta nem de lembrar. Para ter uma ideia de como era assustador, assista ao vídeo acima para ouvir essa “sinfonia” em uma velocidade bem lenta. Depois, diga: não parece trilha sonora de filme de suspense ou terror?
Rádio FM vs. Grooveshark
O rádio é uma invenção do século XIX e, mesmo assim, nunca saiu de nossas vidas. Ainda hoje nos informamos e nos divertimos ouvindo a programação das diversas estações nacionais. Com a polarização de bandas largas e computadores, não demorou muito até que esse meio fosse atualizado.
Mesmo assim, há quem resista às facilidades dessas estações do século XXI. Portanto, quem se sente mais à vontade com um radinho de pilha do que com o Grooveshark pode ter um forte indício de que está prestes a ficar grisalho.
Revelação de filme
Poucas coisas nos fizeram gastar mais dinheiro e tempo do que as revelações de filmes fotográficos. Antes das câmeras digitais, era preciso controlar a ansiedade para saber se as fotos ficaram boas ou não. Além disso, podíamos tirar, no máximo, 36 fotos por filme. Uma piada se levarmos em consideração o número de imagens que cabe em um cartão de memória de 2 GB, tão comum hoje em dia.
Por outro lado, as câmeras mais antigas possuem uma função que, até hoje, não foi implementada digitalmente: a dupla exposição, ou seja, a possibilidade de bater uma foto sobre a outra, misturando as duas imagens e criando efeitos bem interessantes.
O ícone do botão “Salvar”
Este é o teste final. Você sabe o que é aquele “quadradinho” usado como ícone para o botão de “Salvar”? Se sim, as chances de estar ficando velho são grandes. O último modelo de disquete a ser lançado foi há 12 anos. Hoje, esse tipo de mídia é peça de museu, mas a imagem do ícone ainda não foi atualizada.
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Caso você tenha se identificado ou sentido saudade de dois ou mais itens desta lista, não se preocupe. Lembre-se de que viver bastante é um dos fatores que colaboram para ter um conhecimento amplo do mundo em que vivemos. Não é à toa, por exemplo, que a figura de um sábio é sempre representada por um senhor de longas barbas brancas.Sei meu UIN de cabeça!
Quem usava a internet por volta de 1996 deve se lembrar do sucesso do ICQ, o primeiro comunicador instantâneo a ser adotado amplamente, por pessoas do mundo todo. O software fez tanto sucesso que a Mirabilis, empresa responsável pelo desenvolvimento do programa, foi comprada pela AOL dois anos depois, por US$ 407 milhões.
Ainda hoje muitos recordam com saudosismo o apito de navio que soava ao se conectar no ICQ para bater papos com os amigos. A primeira regra para usar o ICQ à noite era verificar se as caixinhas de som estavam ligadas. Muitas vezes, por descuido, esse apito soava de madrugada, horário em que o acesso à internet era mais barato, e acabava acordando o resto da família.
Diferentemente do MSN, Google Talk e outros comunicadores instantâneos, o ICQ fornecia um identificador numérico para quem se cadastrasse no serviço. Esse número era conhecido como UIN e, na época, era tão importante decorá-lo quanto é saber de cabeça o telefone de casa. Felizmente, os tempos mudaram e hoje sabemos que passar um endereço de email é muito mais prático do que uma sequência de dígitos. Mas muitos ainda sabem, de cabeça, o próprio UIN, mesmo que não o usem mais.
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